domingo, 19 de fevereiro de 2012

Baby brow - "It takes two men to make one brother."

Sabem aqueles momentos em que estão a discutir com um amigo e sabem mesmo que têm razão, mas acabam por concordar com o outro só para não arranjarem merda? E depois ficam super frustrados? É assim que eu me sinto por ter acabado de concordar com uma coisa com a qual não concordo nada. É o preço para manter os amigos. É uma sensação horrível.
Bem, esta semana comecei a ir ao ginásio – outra vez –, já lá andava mas desisti e agora regressei. Uma das consequências de ter voltado ao ginásio é que tenho que comer como um monstro, porque, se não o fizer, em vez de ganhar massa muscular, começo a perder peso. É uma sensação super boa sair super cansado do ginásio e banhar os músculos doridos na água quente de um banho de imersão.
Em relação ao assunto do primeiro parágrafo, não há nada a fazer. É mesmo continuar a concordar mesmo quando não concordo para manter o sócio. Grande amigo hã? Eu só fico irritado quando me tentam fazer de burro, mas é a única solução quando o vosso amigo sofre de problemas temperamentais. 

Hoje fui ao parque com a minha mãe, o meu padrasto e os meus irmãos. Fiquei uma hora e meia numa cadeira ao sol a ler um livro. Soube mesmo bem. É incrivelmente chocante o ar de desaprovação com que os adultos nos olham só por termos 16 anos e estarmos com os pés apoiados na cadeira da frente – quando havia umas 40 cadeiras vazias.
Ontem a minha ex demonstrou que ainda está interessada em mim. Desculpa desapontar-te babe, mas neste momento não quero gostar de ninguém. Quero apenas concentrar-me na escola, nos meus amigos e nas minhas cenas. Não quero mais preocupações.

Tenho aqui uma imagem que queria por no blog já há algum tempo e tenho-me esquecido. Dedico a todas as pessoas que pensam que os adolescentes não sabem o que é o amor:



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012


Ba bling ba bling

Tive um fim-de-semana bem passado. O primeiro fim-de-semana em que não estudei nada, porque os testes já acabaram. É um alívio enorme saber que os testes já acabaram. Quando – sexta-feira – fiz o meu último teste senti uma genuína sensação de libertação, que acho que toda a gente sente quando um ciclo chega ao fim. Acho que se tivesse sido condenado a 30 anos de prisão, a sensação de liberdade que teria ao sair, seria igual à que tive quando saí do último teste. Portanto agora vou ter tempo para fazer as minhas cenas, sem trazer as aulas para casa – pelo menos até começar a segunda fase de testes, ou os exames nacionais. Acho que nunca houve um ano que tivesse odiado tanto como este. Sinto-me horrivelmente deprimido quando acordo e sei que tenho que ir para a escola. Só quero acabar este ano lectivo, e o próximo. A partir de Junho do próximo ano, a escola vai ser só uma recordação passada. Uma imagem desfocada, e nada essencial para aquilo que vai ser o resto da minha vida. Estou tão farto desta merda toda, quero fazer coisas interessantes… Com alguém. O primeiro passo é encontrar qualquer coisa de interessante para fazer, o segundo encontrar alguém que partilhe do mesmo interesse e que tenha disponibilidade para me aturar várias horas por semana. Estou a pensar em comprar uma câmara de filmar e começar a fazer vídeos random, e publicá-los no blog. A ideia atrai-me e sempre é um modo de publicar, e de ter opiniões sobre essa publicação. No fundo penso que será um pequeno salto para o mundo do jornalismo – um pequeno salto mil vezes maior do que toda a shit que tive que aturar nas aulas em 11 anos e meio. Portanto fiquem à espera de vídeos meus. Assim que arranjar os 300 euros que preciso para a câmara lol. 


No domingo fui ao cinema com o amigo, o Wú. Foi uma tarde brutal, porque vi dois filmes brutais e tinha boa companhia, e não paguei pelo segundo filme. Fomos ver o Chronicle – devo acrescentar que o filme é pura e simplesmente brutal, obviamente feito para um público jovem mas ao mesmo tempo ideal para todas as idades – às 16h00. O filme acabou às 17h30, e ficamos meia hora dentro do cinema à espera das 18h00. Quando essa hora chegou misturámo-nos com a multidão que ia ver o mesmo filme – Millenium, god I love you  - e entrámos despercebidos. Pediram-nos os bilhetes umas duas vezes, e tivemos que trocar de lugar o mesmo número de vezes, porque os lugares que tínhamos escolhido estavam ocupados por outras pessoa. Acho que os revisores nos toparam, às tantas já nem nos pediam bilhete e diziam “sentem-se ali ao canto”. Foi um bocado embaraçoso, mas o facto é que resultou e vimos o Millenium à borla. Por volta dessas 21h00 eu e o Wú despedimo-nos no metro, pois íamos para sentidos opostos. Quando cheguei à paragem do metro mais próxima da minha casa liguei à minha mãe para me vir buscar, mas quem apareceu foi o meu padrasto. Foi awkward moment, porque na noite anterior tínhamos tido uma discussão, daquelas mesmo, mesmo más. Ele queria que a minha mãe desistisse do mestrado de neurologia porque acha que ele se importa mais com isso do que com os filhos. Quando ao mau ambiente constante cá em casa, acha que a culpa é minha e da minha mãe. Minha porque, aparentemente, sou um mal educado sem respeito por nada, e da minha mãe porque permite que eu tenha estas atitudes lol. Para ele, dizer que vai rasgar as gargantas dos filhos só por eles estarem a tossir é perfeitamente normal, como podem ver é uma pessoa extremamente saudável a nível mental.


Este rapaz é a personagem principal do filme. Nesta imagem ele está a esmagar o carro com a mente, e com a mão. Acho esta imagem mais assustadora do que muitos filmes de terror, no filme consegue-se mesmo ver os olhos psicopatas do Andrew. Bem vejam o filme, vão curtir.
Mais cenas, amanhã é o dia dos namorados, e tenho dentista eheh. Tenho consulta marcada com a Dr. Tatiana, 26 anos, morena, e muito, muito simpática. É triste pensar na dentista no dia dos namorados, mas pronto, pelo menos posso dizer a mim mesmo que não estou sozinho. Ela muito provavelmente tem namorado e está-se bem a cagar para mim, mas sempre posso sonhar, right?
Outra cena, amanhã a associação de estudantes da minha escola vai vender rosas e entregá-las durante as aulas às pessoas de quem gostamos. Como devem calcular não vou nem comprar, nem receber nenhuma. E se receber de certeza que é para gozarem. É muito giro brincar e tal, mas com os sentimentos das pessoas não se devia fazer isso, pode magoar muito muito.
Hoje recebi o teste de filosofia e tal, e parece que o estudo valeu a pena. Tive 17. É triste que só agora começo a pensar na média para entrar em jornalismo… Mas nunca é tarde. Pelo menos ainda não é tarde.
Bem, vou ver Death note meus caros, fiquem bem.

Hugs and kisses

*Ba bling ba bling*


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012


É mais um daqueles dias em que me arrependo de sair da cama, infelizmente já são muitos. São mais do que o limite saudável permite. Parece então que, oficialmente, sou doente. Estou farto de acordar e saber o que vai acontecer, saber que vou ter que levar com merdas, saber que vou ter que me matar a estudar.
Os intervalos tornaram-se diferentes. O meu “melhor amigo” já nem espera por mim, não me pergunta para onde vou, e quando calha sairmos da sala ao mesmo tempo, ele apressa o passo, para não ficar sozinho comigo, e junta-se aos outros. Mas ele nunca me compreendeu, sempre concordei com o que ele dizia – apesar de não concordar com muitas delas – para não arranjar discussões. Discussões que ele fazia sempre questão de ganhar. Encontrei um amigo, um velho amigo e aliado, que me compreende. Prefiro passar tempo com ele do que com os outros, sem dúvida alguma. Entre nós não há “não à vontade” e podemos ser nós próprios. Thanks dude.
Hoje na primeira aula, dei 7 lenços. Não estou a brincar. Parece que sou o pai do ranho. Até o meu último lenço dei. Porque? Porque não sou capaz de recusar quando me pedem uma cena, por mais que tente ser mau, não consigo ser má onda. Já me habituei que, quando chamam por mim, é para me pedirem qualquer coisa, pelo que quando chamam por mim, mentalmente pergunto-me “queres lenços, tesoura ou fita-cola?”.
Sinto que nada mudou com o blog, pelo contrário, cada vez ando mais depressivo e sem vontade de viver. Não consigo encontrar um bom motivo em nada. Mas não creio que isto tenha a haver com o blog, ele simplesmente me dá mais margem de desabafo, pelo que é normal “explodir” mais vezes. Vou passar a tarde inteira a estudar para o teste de amanhã e não me sinto minimamente preparado. Sei que há colegas meus que vão ler a matéria à pressa antes de se irem deitar e vão ter melhor nota que eu – fiz resumos, sublinhei, perdi horas naquilo. Cada vez sinto mais que o mundo me está a excluir. Sinto a vida a passar por mim, enquanto fico parado, sem saber para onde ir.


Hoje, fiz uma coisa extremamente cobarde. Para não levar com as bocas de uma certa pessoa na aula, decidi baldar-me. Sim, não faz sentido que eu deixe essa pessoa controlar a minha vida, eu sei. Nunca deixes que ninguém influencie as tuas escolhas. Mas estou tão farto que, mais uma palavra daquela boca, fazia qualquer coisa de grave. Ou desatava a chorar no meio da sala. As pessoas não percebem que há um limite? Uma pessoa aguenta muita merda, mas chega a um ponto em que não dá mais. Umas aguentam mais que outras. Sei que o que fiz foi errado, mas não me arrependo. Nunca me arrependo do que faço.

Mas bem, quando estava a vir para casa, parei num centro comercial e entrei numa livraria. Fui logo até a secção do Stieg Larsson e encontrei um novo volume que me fez saltar a tampa, por pouco não ia começar aos gritos ali no meio. Passei meia hora a analisar o livro. Chama-se “Os Segredos da Rapariga Tatuada”, em que basicamente, é passada toda a Trilogia Millenium a raio X. Questões pertinentes do tipo “Porque é que o Stieg morreu assim que entregou os livros às editoras suecas? Se estivesse vivo, seria agora portador de uma grande fortuna” ou “Porque é que nos sentimos tão atraídos pela heroína da trilogia, Lisbeth?”. 
Pelo que percebi do livro – vou compra-lo *-* - parece que a Trilogia Millenium foi uma forma que – sem acusar diretamente ninguém – o Stieg arranjou para retratar a realidade. Este livro diz que muitas das cenas retratadas da Trilogia foram baseadas em factos reais. Dan Burstein, o principal autor deste livro, pensa que a morte de Stieg Larsson não foi de ataque cardíaco. É muito estranho morrer-se assim que se acaba de entregar às editoras, uma saga de livros que descreve a realidade tal como ela é. Para mim queriam calá-lo antes que ele falasse demais. O livro refere também que muitas pessoas antes de lerem o livro o achavam desinteressante, pois só fala de sexo e violência. Mas depois de o lerem, mudam completamente de opinião, e dizem ter lido a melhor saga de sempre.
Se não leram, leiam. Se não for por prazer, façam-no para saber algo mais do que se passa no mundo, neste caso a violência às mulheres. Vão descobrir que os livros não são só livros. Há muito mais por descobrir. O querido Stieg não inventou – tenho toda a certeza – nem 20% das situações retratadas nos livros.
A forma dele de denunciar os abusos, causaram-lhe a própria morte.
É preciso ser extremamente corajoso para fazer o que ele fez. 

Qual é o mal de ser diferente? Gostas de me humilhar só porque não sou como tu?
Porque?


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012


I want da Wiiiii 

Hey navegadores.
Estou preocupado com as minhas capacidades. Será que elas têm um limite? Não estou a conseguir estudar para Geografia e tenho teste na próxima quinta. Se tiver negativa vai ser alta merda, porque depois vou ter que estudar o dobro para subir. Mas duvido que tenha positiva. A matéria nem é assim tão difícil, mas a stora… Bem, digamos que não facilita as coisas. Cada vez que me sento à secretária com a intenção de estudar, a minha mente começa a vaguear para outras coisas, e dou por mim a brincar com o lápis em vez de estar a estudar. Estas situações são das que mais me irritam, porque nem estou a estudar nem estou a fazer qualquer coisa de que goste.
Quem me dera poder dizer que o estudo não me assiste, mas infelizmente não é o caso porque sabendo que tenho testes e que devia estar a estudar, não consigo estar tranquilo a fazer outra coisa.
Só me apetece ir para a rua gritar “FUCK SCHOOL, FUCK PEOPLE, FUCK EVERYTHING!” mas obviamente não vou para a rua fazer isso. Mas não tenho dúvidas de que isso me ajudasse. Pelo menos mais leve ia-me por de certeza.

Ando super cansado e passei literalmente o dia todo a dormir. Nas aulas. Quando saí de casa a minha mãe deu-me 30 euros, 18 eram para carregar o passe e 10 eram para almoçar durante esta semana, nos dias em que tenho aulas à tarde. Guess what, fui comprar o passe, estendi a nota de 20 e a mulher só diz “São 27”. Tive mesmo para me ir embora dali, mas acabei por carregar o passe. Mas uma coisa eu juro, não vou voltar a carregar o passe, não vou desperdiçar 30 euros quando posso ir a pé. Não sou rico. Mas pronto, isso deixou-me de mau humor logo de manhã.

A única coisa que me anima minimamente é que amanha o dia até é leve, só tenho aulas de manhã e a última aula é educação física – que sempre dá para descomprimir um bocado. Não me anima saber que vou ter que passar a tarde inteira a estudar. Odeio a época dos testes mais que tudo, é que nem é detestar, eu abomino-a mesmo. Este fim-de-semana marca o fim da era dos testes, e vou celebrá-lo não fazendo nada.
E apetece-me beber. Não fico bêbado à pelo menos 2 meses, e tenho mesmo saudades. É dos únicos momentos em que consigo fugir à realidade – é triste eu sei, mas é a verdade. Vou tentar combinar uma saída para sexta, estou mesmo a precisar. Quero ficar alterado, fazer cenas maradas, gritar e dançar. Mas antes desse dia chegar tenho que passar pelo terror do teste de geografia.






sábado, 4 de fevereiro de 2012


Querida Hayley

Escrevo-te esta carta na esperança de que algum dia a possas ler. Na esperança de que um dia vou ouvir a tua voz e viajar para outro mundo sem ter que fumar. À mais ou menos dois anos comecei a ouvir Paramore. No início não gostei muito, achava demasiado barulhento e confuso, mas assim que passei à frente do barulho e da confusão percebi que tinha encontrado a melhor banda de sempre. O som que eles fazem, é mesmo boa onda, tipo rock alternativo, então esse som mais a tua voz Hayley, pah é perfeito. Quero mesmo ver se o teu sorriso é tão bonito como nas fotos, e se os teus olhos são tão verdes como o azul dos oceanos. E quero muito muito ouvir a tua voz. Acho que se me encontrasse contigo, a conversa basicamente ia ser um monólogo, porque eu não ia conseguir falar. E porque ia achar um desperdício não estares a falar, estando comigo.

Tenho uma lista de coisas que gostava de fazer contigo, se nos pudéssemos encontrar:
  1. Queria que viesses ao meu quarto, eu tocava uma coisa qualquer na guitarra e tu cantavas.
  2. Queria ir contigo ao MacDonnald’s, comer um double cheese, a pingar queijo. Nhaam.
  3. Queria tirar uma foto contigo, ampliá-la para um poster e colá-lo a cobrir uma parede inteira do meu quarto.
  4. Queria que me desses um hug.
  5. Queria fazer um bolo de chocolate com cobertura, e depois comíamos o bolo enquanto ouvíamos Paramore.
  6. Queria que viesses comigo ao cinema, para que pudéssemos dividir um balde – daqueles mesmo grandes – de pipocas.
  7. Queria que viesses comigo a um estúdio de tatuagens para eu fazer a minha primeira.
  8. Queria que viesses comigo às barraquinhas em frente ao Continente para mandar-mos gravar os nossos nomes em duas pulseiras – uma para cada.
  9. Queria que fossemos sair à noite, para o bairro ou para as docas.
  10. Queria ter um jantar à luz das velas e com violinos e com vista para o rio, contigo.
E pronto, esta é a minha ridícula (e extravagante) lista de coisas que queria fazer contigo caso fosse possível encontrarmo-nos. E vai ser. Queria poder contar-te todos os meus problemas, queria saber mais sobre ti, os teus problemas. Apesar de a tua vida parecer perfeita, sei que não é. Queria que me considerasses um amigo, e queria considerar-te uma amiga. *Quero o teu número!* Conhecer-te é um dos meus maiores sonhos, mas infelizmente tenho noção que isso só seria possível se eu fosse o filho mimado de um multimilionário qualquer. Ou se fosse escolhido entre os cerca de 100 mil fãs que tens por concerto, para subir ao palco e conhecer-te. Só um dia contigo, dava tudo para passar um dia contigo. E no fim do dia tenho a certeza que ia pensar “Já?! Mas só passaram 5 minutos!”, porque tudo o que é bom dura pouco, como já se sabe – conhecimento geral guys.
Espero que um dia os nossos caminhos se cruzem querida Hayley. Apesar de não te conhecer e de seres famosa, tenho a certeza que és uma pessoa brutal, e super interessante – nada superficial como muita gente famosa deve ser. Não há muito mais que possa dizer nesta carta que nunca vai ser enviada. Pode ser que aconteça um milagre e alguém que leia o meu blog passe o link a alguém que conheça alguém, que conhece alguém, que conhece um amigo que conhece um vizinho de uma pessoa que conhece a Hayley, e ela acabe por ler esta carta. Se isso acontecer Hayley, é uma honra para mim leres isto, se isso acontecer, significa que o meu sonho se tornou realidade, e consegui fazer com que passasses pelo menos 5 minutos a pensar em mim. Fica bem querida Hayley, talvez os nossos caminhos se cruzem um dia.
Vou fazer por isso.

Atenciosamente, Salander.


My whole world stops when you sing

"The truth is hiding in your eyes
And it’s hanging on your tongue
Just boiling in my blood"

Hayley Williams 



P.S. Escrevi esta carta devido à dica de uma amiga minha, e se a postei foi graças ao incentivo dela. Um grande obrigado e uma salva de palmas para a... M Moon!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012


Why am I so emo?

Sinto-me extremamente sozinho. Em parte a culpa é minha, porque sempre afastei as pessoas. Sempre tive uma barreira à minha volta que as afasta; afasta-as de tal forma que quando a turma dispersa, acabo sozinho. Quando escolhem equipas em educação física sou sempre o último a ser escolhido. Mas o mais cómico é que as pessoas estão sempre a chamar-me, para me pedirem coisas emprestadas, para perguntarem se o meu apelido é Vodka, para me perguntarem porque é que venho vestido à Loft.
Sinto falta do meu melhor amigo do 9º ano. Ele compreendia-me, estávamos sempre na casa um do outro, pensávamos da mesma maneira, tínhamos aulas de guitarra juntos, tínhamos um grupo brutal de amigos, bastava ligar-lhe e dizer que estava mal, e em 20 minutos ele já me estava a apoiar, ou eu a ele. Foi a melhor pessoa que alguma vez esteve na minha vida. Antes de o conhecer não era nada, era só mais um puto solitário rodeado de falsos conhecidos. Assim que eu e o PN ficámos melhores amigos tudo se tornou perfeito. Tinha o melhor amigo do universo, os  melhores amigos e amigas de sempre. Lembro-me de ter ido passar as férias de Verão à casa dele para os lados de Castelo Branco, e de a mãe dele me ter arranjado um quarto para dormir, lembro-me de recusar e perguntar se podia dormir com o PN. Ficávamos na cama a contar histórias de terror um ao outro para ver quem se assustava mais até adormecermos.

Tenho a certeza que se ele ainda estivesse ao meu lado, eu não estaria assim. 


Fuck, we were twins. 

Mas no terceiro período do 9º ano aconteceu “todo o mal” e ele deixou-me. Toda a gente me deixou. Desde então tenho tentado subir, mas nunca consegui recuperar. A rejeição é dos piores sentimentos que se pode experimentar.
No segundo período do 9º ano uma rapariga começou a gostar do PN. E eu apaixonei-me por ela (não, não foi esse o motivo de nos termos separado). O PN ao principio sentia uma atracão por ela, mas uma amiga dela começou a falar com ele por msn e ele acabou por se apaixonar por essa. E eu comecei a falar com a M. E ela começou a gostar de mim.
Lembro-me do primeiro encontro como se fosse ontem… Fomos até ao mini almoçar e depois ficamos abancados no benga a conversar. Quando voltamos para a escola – estávamos a atravessar o pátio principal – ela perguntou-me “posso-te fazer passar uma vergonha?” eu respondi que sim, e ela beijou-me. Foi a minha primeira namorada a sério e aquela de que gostei mais. Ainda hoje não a consigo esquecer. Lembro-me dos intervalos passados no bloco F com ela, só nós os dois, e lembro-me que chegávamos atrasados a todas as aulas. Ela era inteligente e tinha o mesmo gosto musical que eu, compreendia-me, eu considerava-a tipo a minha alma gémea. Era tudo o que eu precisava para ser feliz. *Para quem é apologista da expressão “a felicidade está em ti mesmo” eu respondo “mentira, a felicidade só é verdadeira quando partilhada”* Mas tal como tudo o que é perfeito, durou pouco tempo. Três semanas para ser mais exacto.
Nunca mais encontrei ninguém como ela.


Voltando à história da rejeição, tudo aconteceu porque eu fiz merda, não vou dizer o que agora. Mas todos me deixaram. O que eu fiz não foi nem de perto justificação para o que eles fizeram. E o PN devia ter ficado lá para mim, para me apoiar. Acho que ele ficou tão confuso que acabou por ficar do lado da maioria. Só sei que isso me estragou por dentro. Desde esse  dia tenho começado com as depressões e com as tendências associais. Nada mais foi o mesmo. Acho que vocês só por lerem o meu blog, me conhecem melhor do que as pessoas com que me dou actualmente. Estupidamente só me sinto “de volta” quando bebo. Depois passa e volta tudo ao mesmo, nada mudou.
Tenho saudades das pessoas que realmente marcaram de alguma forma a minha vida e que foram embora. Pode parecer triste, mas às vezes penso que a única presença constante que tenho na minha vida é a minha mãe. Tenho saudades do PN e da M, e do resto de todos os meus amigos. Ainda hoje o vejo, ele é da minha escola. Nestes dois anos que passaram as únicas palavras que trocámos foram “tão, tudo bem?” – pergunta à qual nenhum de nós respondia.
Tive que seguir em frente, e não tive apoio nenhum, nenhum. A única pessoa que ainda era minha amiga era o meu primo. Fiz 16 anos e contei-lhe um segredo – ao meu primo – e pedi-lhe para não contar a ninguém. Ele contou especificamente à pessoa a quem eu pedi para ele não contar, pelo que levei porrada e ainda me roubaram no fim. Pedi ao meu primo para me ajudar a recuperar as cenas e disse-lhe que o desculpava por ter aberto a boca. Ele respondeu “Não tenho nada a ver com isso. Entende-te com quem te roubou, ou tens medo dele?”. Depois de tudo o que passei esta merda deitou-me completamente abaixo.
Tive que me esforçar para voltar a ter amigos, e mesmo assim o meu actual melhor amigo não passa de um falso conhecido. Quantas pessoas estão comigo? Provavelmente menos de 3.

Só quero voltar a ter um amigo.
Alguém com quem não precise de me armar em forte.
Alguém que não me chame paneleiro por chorar.


I don’t live on Earth. My planet doesn’t have stars.



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012


Johnny Depp
For Reallz?

Johnny Depp, sem dúvida um actor que merece um lugar na elite de melhores actores do mundo. Acho que não existe no mundo nenhum actor tão carismático como o Johnny. A cara dele é daquelas que não se esquece, é única, com traços bem feitos, quase perfeitos. Perfeita e cirurgicamente bem esculpida. A voz dele condiz com o aspecto físico, o que é raro, pelo menos para mim.
O Johnny é conhecido por fazer parceria com o Tim Burton, e devo dizer que a maior parte dos filmes deles é brutal. De todos os que vi, o único que não gostei foi o Alice in Wonderland.
O filme resultante da parceria destes dois génios que eu mais gostei foi sem dúvida o Sweeney Todd, o Terrível barbeio de Fleet Street. É um musical terrorífico. É estranho encontrar-se na lista dos meus filmes preferidos, porque eu nunca fui grande fã de musicais. Sempre achei que as partes de música roubam tempo de história ao filme.
O Tim e o Johnny fazem uma excelente dupla, mesmo o filme Charlie e a Fábrica de Chocolate (apesar de ser mais para crianças) está interessante e bem concebido.

Mas para mim, onde o Johnny usou todo o seu charme, criatividade e sentido de humor foi sem dúvida nos Piratas das Caraíbas. Acho que é a minha saga de filmes preferidos, é simplesmente perfeita. Bem, tirando o último filme, o 4º. Acho que forçaram demasiado o seguimento da saga e coise. Também tiraram dois dos actores principais da saga, o Orlando Bloom e a Keira Knightley, e isso não foi nada positivo. Se não fosse a participação do Johnny, para mim, o filme tinha recebido um 4 (numa escala de 1 a 10).

Bem, quando estou no facebook uma das coisas que mais vejo é miúdas, tipo 14, 15, 16 anos, a meterem fotos do Johnny Depp nos murais delas com descrições do tipo “és perfeito”, “és lindo, ai matas-me! <3”. Tipo tudo isso é muito giro, e se se ficassem só pela descrição ainda se compreendiam, agora comentarem que querem casar com ele e cenas assim… Meninas, ele é lindo, é uma verdade. Mas tem idade para ser vosso pai. E façam uma lista de todas as celebridades que conhecem, quantas delas são bem parecidas? Quase todas. Com isto quero dizer que tipo não podem julgar as pessoas só pela aparência. Alguma de vocês conhece o Johnny? Eu não sei quanto a vocês, mas eu não era capaz de me casar com uma pessoa que só vi por filmes ou fotos. E se Johnny for má pessoa? E se for uma pessoa tão boa que vocês pensam que ele é bom demais para vocês? Meninas, deixem o Depp para a Angelina (ai Angelina… Marry me?).


Wino forever wii.

"I don't pretend be captain weird. I just do what I do." Johnny Depp

I'm gonna marry this guy.