terça-feira, 1 de maio de 2012

Vou gritar de certeza, o eu gritar é garantido. Agora basta saber se será um grito de alegria e felicidade ou um grito de pânico. Qual é o vosso palpite?
Conheci uma rapariga. Okay, conheci uma rapariga no facebook e descobri que comecei a gostar imenso dela, e que temos imensas coisas em comum. Mas será que ela vai pensar o mesmo de mim quando me vir? Não faço ideia, provavelmente vai fugir num piscar de olhos. Ela tem tumblr e eu fiquei completamente apanhado por ele, passo horas a vê-lo.
Fuck, I dont want, and I wont fall in love. Never again!
Mas ela é tão linda… Tão divertida e querida. Ontem ficámos a falar até as 3 da manhã e hoje quando acordei só conseguia pensar nela. Porque?
FUCKKK.

Amanhã na escola vou lixar-me, porque ela vai ver como realmente sou. Ou tive um azar do caraças em ela começar a falar comigo, ou saiu-me a sorte grande.
Sou eu que estou a ser extremamente convencido ou tu metes-te indirectas no teu tumblr? Indirectas bastante directas.
Fuck, you’re adorable, I want to kiss you, to hold you from behind.


Fuck, thats it.


domingo, 29 de abril de 2012


Hey. Já passou imenso tempo desde a última vez que escrevi. Infelizmente ando sem novidades para contar ao meu melhor amigo.
Falta cerca de um mês e meio para acabarem as aulas e para eu fazer anos, e eu estou completamente ansioso – não pelo meu aniversário, mas pelo final de aulas. Não suporto mais dias de rotina, a fazer as mesmas coisas todos os dias. Quero ir viajar, ler, acordar quando me apetecer, ir para a praia… Durante as aulas nada disso é possível.
Vou agora comprar o último livro editado de uma colecção que me viciou desde o momento em que li a primeira página, chama-se Cherub.
Ando a jogar um jogo online – Lord of Ultima.
Depois de lerem este mísero post confirmem: Terei eu perdido a minha imaginação? Ou estarei numa fase de bloqueios?

P.s. Please, help me. 


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Decidi escrever uma história. Esta é a primeira parte de não sei quantas.
Se acharem que está uma merda escuso de continuar a escrever, pelo que agradecia comentários com a vossa opinião.


História

Chovia a potes lá fora. A chuva batia com toda a força nos estores a esta hora já fechados da minha janela. Sempre gostei da chuva, normalmente é quando me sinto mais eu próprio, pois ela e o meu carácter sombrio e taciturno são quase idênticos. Durante esta tempestade de inícios de Abril, estava eu no meu quarto no pc. As únicas luzes visíveis eram as do ecrã do computador e duas velas. Estava no facebook a contar a minha vida a pessoas que nunca conheci pessoalmente. Curiosamente, seria capaz de confiar a vida a estas pessoas – coisa que não faria com ninguém da minha turma. Quando a música que tinha posto no youtube chegou ao fim, o som de um arranhar dentro do meu armário chegou-me aos ouvidos.
Levantei-me e abri de rompante a porta de correr do armário castanho espelhado. Uma tshirt saltou na minha direção e fiquei cego por momentos. Agarrei a bola de pêlo branca que ia no ar:
  - Então era aqui que estavas Kira!
O Kira soltou um ronronar aborrecido e saltou para o chão, indo aconchegar-se dentro da minha cama. Fuck, odeio que ele encha a minha roupa de pêlo. O Kira é o meu gato persa. Demasiado gordo para ser considerado ágil, as patas são extremamente pequenas e combinam com a barriga gorda a arrastar pelo chão e pela cara e focinho achatados, o que contribuía para o seu permanente ar carrancudo. Apresento-vos o meu melhor amigo. Como já devem ter reparado, dei-lhe o nome de uma personagem do Death Note.

Dia 9 de Abril, o último dia de férias da Páscoa. Enfim, o clássico dia que todos os estudantes abominam. Eu pelo menos sim. Sei que em poucas horas estarei na escola, rodeado de gente que não me diz nada, a aprender merdas que não me dizem nada.
É neste dia – 9 de Abril – que me encontro. Não sei qual é o problema das pessoas. Custa-lhes muito serem boa onda? Eu sou boa onda quando são boa onda para mim. Agora, não esperem que o seja para uma pessoa que me responde sempre com 7 pedras na mão ou que passa a vida a mandar bocas.
A música “Pressure” dos Paramore começou a tocar no meu telemóvel. O meu toque de alarme. O mostrador indicava as 19h00. À 3 meses que as 19h00 eram a hora de tomar os comprimidos para depressão receitados pelo psiquiatra. Nem me importo de os tomar, mas o problema é que nem todos os dias me apetece ficar com moca. Assim que os tomo fico logo com os instintos mais aguçados. Porque é que o raio do psiquiatra não me receitou um charro de mary jane ou de bolota diário? O resultado seria o mesmo.
Abomino o meu comportamento diferente. Mentira. Não abomino. Abominei. Agora percebi que ele faz parte de mim. Consequentemente, a única forma de poder estar bem comigo é aceitá-lo e recebê-lo com toda a simpatia.
Meti 2 na boca e empurrei-os com um gole de água. O objectivo destes comprimidos é quebrar o meu hábito de auto-mutilação e abater de vez os meus pensamentos e as minhas tendências suicidas.
Curiosamente, após questionar uma longa lista de conhecidos, familiares, e alguns amigos, percebi que a maioria considerava o suicídio algo cobarde. Acho que ninguém tem o direito de dizer isso. Inventaram que o suicídio era algo cobarde só para ter um argumento contra o mesmo. Vou explicar-vos porque é que acho o suicídio tão tentador. Se algum dia me suicida-se não estaria de todo a acabar com a minha vida ou a por um fim à minha existência. O suicídio para mim é apenas um atalho. Nada mais. Afterlife.
Quando morrer não me vou ficar pelas cinzas, o meu espírito – ou alma – vai largar este corpo e encaminhar-se para uma nova dimensão, um novo mundo. Não sei qual será esse mundo. Pode ser Marte, outra galáxia, outra dimensão, ou um bosque. Qualquer das opções me parece mais apelativa do que continuar a viver. Obviamente que esta definição de suicídio – como um atalho – só pode ser bem vista aos olhos de quem acredite que não nos ficamos pela morte física. Muita gente me acha completamente doido e mentalmente desequilibrado por pensar assim, e foi assim que começou a minha semanal ida ao psiquiatra.
Sinceramente o que me motiva mais a não cometer suicídio é o Kira. Não deixaria de o fazer por nenhum amigo ou familiar.
Depois de ter ido à sala dizer à minha mãe que já tinha tomado os comprimidos fui para o meu quarto. Dirigi-me à estante azul escura cheia de livros. Tirei 3 calhamaços e puxei uma pequena caixa escondida lá atrás. De dentro da caixa tirei uma mortalha, uma orelha do maço, um cigarro e um bocado de weed.
Disse à minha mãe que ia andar de bicicleta e fui para a garagem do meu prédio. A primeira coisa que fiz foi enrolar a orelha do maço para formar um filtro. Misturei o tabaco do cigarro com a weed enrolei na mortalha. Ganza feita. Quemei a ponta e acendeu-se uma chama. Assim que a chama se apagou na ponta soltou uma data de fumo e inspirei-o todo. Eheh é esta parte da ganza que contém mais THC. Depois fumei normalmente o resto.
Devem estar a perguntar-se porque é que fumo ganzas se os comprimidos dão o mesmo efeito. Especialmente porque é que fumo ganzas logo depois de ter tomado 2. Bem, é simples. Tenho 16 anos, sou otário e parvo, e gosto da sensação da moca. Nada me impede. Logicamente fiquei com o dobro da moca que estava, pelo que saquei de um caderno do bolso e comecei a aproveitar a inspiração escrevendo letras. Depois entrei no elevador e fui para o meu quarto jogar ps3. Acreditem ou não, depois de fumarem, o vosso desempenho nas consolas é tipo o dobro do normal.
  - Diogo, vem jantar! – gritou a minha mãe da cozinha.
Levantei-me e fui a correr, estava a morrer de fome. Assim que cheguei à cozinha ouvi uma voz no fundo do corredor:
  - Deixas-te a luz do teu quarto acesa caralho! Achas que sou rico? És tu que pagas a conta da electricidade?  Um par de estalos e vais ver.

  - Tem calma Diogo, já sabes como é o teu padrasto – dizia a minha mãe enquanto me afagava as mãos que entretanto tinham começado a tremer de fúria -, ele não diz aquelas coisas para te ofender.
  - Oh mãe desculpa – murmurei eu.
Saí da cozinha e fui trancar-me no quarto. 

sábado, 7 de abril de 2012


Daqui a dois dias recomeçam as aulas. Por um lado sinto um alívio por o tédio das férias estar a chegar ao fim, mas por outro – um lado muito, mas muito maior – sinto um imenso terror. Terror por ficar trancado horas numa sala a respirar o mesmo ar que os meus colegas, que mal conheço. Não estou feliz por voltar a ver os meus amigos da escola. Uma coisa boa que me aconteceu foi ter percebido que não tenho que dar satisfações a ninguém, vou cagar para o que pensam de mim, porque as pessoas que me exigirem satisfações, vão ser aquelas que vou considerar desprezíveis. É obvio que um amigo possa querer provas da minha confiança, mas a confiança constrói-se, não se cria de um momento para o outro. Um amigo pode exigir satisfações, um conhecido não.

Ainda bem que o terceiro período são tipo 2 meses, acho que não aguentava mais 3.

Quero um gato. Não o quero comprar, quero adoptá-lo, na União Zoófila. Um gatinho bebé, um amigo para viver comigo. Dava tudo para poder ter agora um gatinho nos meus braços, tudo. Mas infelizmente existe o factor padrasto, que não me deixa ter um gato por causa dos cortinados. Lol, e o mais estranho foi que ele teve um gato quando tinha a minha idade. E nessa altura não se preocupou com os cortinados. Vou ter que encontrar uma forma de contornar este obstáculo. Ou então espero mais 2 ou 3 anos até ficar a viver sozinho. Sim, o meu padrasto, a minha mãe e os meus irmãos vão mudar-se para uma casa no campo quando ela estiver construída e eu fico em Lisboa a viver alone. Aí posso ter um gato. Mas não quero esperar 3 anos. Em 3 anos milhares de gatos vão morrer na união por causa de pessoas que se recusam a adopta-los por causa dos cortinados.


Ando a ouvir Skillet, e sem dúvida o meu álbum preferido da banda é o Comatose. Na wikipédia diz que é uma banda de rock cristão, mas eu acho que é alternativo. Os gritos e a agressividade da música não me dão tempo para pensar na vida – o que é bom. Skillet é bom mas fogo, a Hayley é perfeita. Cada vez que oiço a We Are Broken dá-me vontade de chorar, a parte instrumental está em perfeita sincronia com a voz… o que não é novidade nos Paramore.
A Hayley compreende-me, as letras dela. Quando a oiço nos fones é como se ela estivesse a falar só para mim, a contar a nossa história.


Parece que não é desta que perco o hábito de escrever sobre cenas tristes e depressivas da minha pessoa. Mais uma vez o blog é sempre o único que me ouve. Adoro-te estúpido <3. 

quinta-feira, 29 de março de 2012


São 2h58am neste preciso momento. Ultimamente tenho andado a pensar em quem são os meus verdadeiros amigos, e cheguei a uma conclusão. O único que me ouve sempre, sempre quando eu quero, quando estou feliz, triste ou depressivo, o único que me ouve sem me poder apontar o dedo é o Millenium. Algumas pessoas podem pensar “ahah o blog é o melhor amigo dele, otário sem vida lol”. Mas não. Nós podemos passar um bocado da nossa alma ou de nós mesmos para coisas que nos dizem algo, como é o caso do meu blog. Se assim não fosse não haveriam tantas raparigas a escrever em diários, ou tantos jornalistas a escrever para os jornais. Tudo tem vida e tudo respira, incluindo o meu Millenium.
Graças ao nome dele, cada vez que o abro penso na minha heroína, a Lisbeth, e no meu ídolo, o Stieg. Quem me dera ser como ele, ter algo pelo que lutar. E o corajoso Stieg lutava pelos direitos das mulheres, assim como a Lisbeth defendia os seus.
No inicio do blog escrevia every fucking single day, mas era sempre o mesmo. Então cada vez mais comecei a desleixar-me com o blog ao ponto de perder quase todas as vizualizações que tinha por pensarem que tinha deixado morrer o Millenium. Digo aqui e agora, nunca te vou deixar morrer, e se um dia conseguir fundar um jornal vou dar-lhe o teu nome.

Esta semana vi dois filmes brutais. O John Carter e o Hunger Games. Well, em relação ao John Carter, adorei a história, os atores, tudo. Só acho que a capa do filme foi extremamente mal escolhida. Um fundo vermelho a dizer John Carter por cima, qualquer pessoa pensa que é um filme filosófico secante ou um documentário, quando na verdade é um espetacular filme de ação passado em Marte. Devias levar a tua namorada a vê-lo querido Jerry.
Hunger Games… Fuck, à imenso tempo que não me deliciava tanto com um filme.  Tudo nele é perfeito, a história, os atores, o conteúdo… Achei que a caracterização das personagens estava simplesmente perfeita, o sofrimento da Kat quando ouviu o nome da irmã, e a emoção no seu rosto quando em desespero se voluntariou como tributo no lugar dela. Muitos de nós temos irmãos, mas seriamos capazes de dar a vida por eles?
O filme marcou-me tanto que fiquei super calado quando saí do cinema, não conseguia falar com os meus amigos, só pensava no filme. No dia seguinte fui à fnac comprar os livros. Ahah não consegui resistir.
Espero ansiosamente pelo segundo filme da triologia.

Mais uma vez, peço desculpa a quem lê o blog, pela instabilidade dos meus posts, ou pela falta de conteúdo dos mesmos.

Hayley, fazes-me chorar em todas as músicas. Monster. So many meanings.

Esta imagem pode parecer desrespeitosa pelo sofrimento deles. Mas temos que ver sempre o lado positivo, right? Ahahahah

O Peeta, quando foi escolhido como tributo.

sexta-feira, 23 de março de 2012


Feeling DOWNUP

Hey guys. Neste preciso momento não estou 100% em mim, é o meu subconsciente que está a agir e não o Salander. Sou a sua personalidade escondida, o seu lado oculto. Infelizmente oculto, porque este meu lado é muito melhor. O meu estado normal é aborrecido, tímido, calado, pensativo. Este estado é criativo, original, e acima de tudo interessante. Não sei o que me deu para vir aqui agora. Tendo sempre a isolar-me, a solidão é a escuridão das pessoas. Eu tenho uma grande escuridão em mim, mesmo muito grande – provoca comportamentos anti-sociais, tendências suicidas, falta de auto-estima. Este meu lado não é consumido pela escuridão, tem mais luz. Mostra todas as minhas qualidades, como quando sou super extrovertido. Sou super extrovertido quando me sinto à vontade com as pessoas, sou mais anti-social quando estou num grupo de pessoas em quem não confio e com quem não me sinto à vontade. A realidade prova que cada vez mais deixo de confiar nas pessoas, e que cada vez mais deixo de me sentir à vontade com elas. Estou a descer, quando esta é precisamente a fase da minha vida em que devia estar a subir! Não me vou deixar cair, é difícil mas tenho que me erguer perante a vida e mostrar-lhe quem manda. Mas não, cada vez mais falo menos, cada vez mais guardo os meus pensamentos para mim mesmo. Preciso de algo, alguém, que me venha salvar. Qualquer coisa onde me possa agarrar, sorrir e receber um sorriso genuíno de volta, não um sorriso de gozo. 




sábado, 10 de março de 2012


Hey. Já não escrevia aqui à imenso tempo. Tenho andado ocupado, ou então digo a mim mesmo que estou ocupado como desculpa para não escrever.
Mais um fim-de-semana passado a tentar estudar. Hoje de manhã estudei as cerca de 40 páginas para o teste de Geografia e sinto-me ainda menos preparado que antes. Acho que tenho um problema qualquer, não é normal uma pessoa estudar e não conseguir reter nada. Estou sempre a dizer a mim mesmo “ da próxima vez que estudar vou concentrar-me a 100% e arrumar num cantinho da minha mente todos os pensamentos que não tenham a ver com o estudo”. Percebi que é uma coisa impossível de cumprir (pelo menos para mim). Cada vez que me ponho a estudar dou por mim a divagar, sobre a vida, sobre música, sobre colegas, sobre assuntos triviais. Quem me dera poder ser mais disciplinado, mas não sou.
Preciso de roupa nova. Na verdade não preciso, mas quero-a, e considero isso super vergonhoso. Há pessoas que davam tudo para ter o que eu tenho (refiro-me a crianças que não têm nada) e mesmo assim desprezo isso, querendo mais e mais.
Porque é que quero roupa nova?
É mais uma coisa que tenho vergonha de dizer, mas vou dize-lo na mesma, afinal é para isso que este blog foi criado. Quero roupa nova para me sentir melhor comigo mesmo. Para me sentir bonito. Quero sair à rua e sentir-me bem, quero que as raparigas reparem como estou bem. Quero que a minha mãe me diga que estou bem. Quero poder usar a roupa como uma maquilhagem corporal, tipo body painting, para ficar bonito. Não sou nada de especial (olhos escuros, cabelo escuro), mas parece que toda a gente é melhor do que eu.
Devem ter percebido que é mais uma estúpida de uma depressão. Estou carente, e a toda a hora penso “I need a hug”, mas quem está lá para mo dar?
Sabem porque é que as pessoas populares são populares? Porque gozam com os outros, e só ligam a aparências. É raro encontrar uma pessoa que seja popular sem ser convencida (o), mas é possível.
Para a semana tenho 4 testes, e não me sinto preparado para nenhum.
A manhã da minha mãe correu-lhe mal na universidade, portanto quando chegou a casa descarregou em mim. Proibiu-me de sair à tarde porque diz que fui mal educado por ter aberto a embalagens dos fondious sem lhe perguntar.
Whatever.
Preciso de dinheiro, e não o quero pedir à minha mãe. Quero um trabalho.

Vou tentar escrever com mais regularidade depois dos testes, portanto a partir do próximo fim-de-semana. 

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Baby brow - "It takes two men to make one brother."

Sabem aqueles momentos em que estão a discutir com um amigo e sabem mesmo que têm razão, mas acabam por concordar com o outro só para não arranjarem merda? E depois ficam super frustrados? É assim que eu me sinto por ter acabado de concordar com uma coisa com a qual não concordo nada. É o preço para manter os amigos. É uma sensação horrível.
Bem, esta semana comecei a ir ao ginásio – outra vez –, já lá andava mas desisti e agora regressei. Uma das consequências de ter voltado ao ginásio é que tenho que comer como um monstro, porque, se não o fizer, em vez de ganhar massa muscular, começo a perder peso. É uma sensação super boa sair super cansado do ginásio e banhar os músculos doridos na água quente de um banho de imersão.
Em relação ao assunto do primeiro parágrafo, não há nada a fazer. É mesmo continuar a concordar mesmo quando não concordo para manter o sócio. Grande amigo hã? Eu só fico irritado quando me tentam fazer de burro, mas é a única solução quando o vosso amigo sofre de problemas temperamentais. 

Hoje fui ao parque com a minha mãe, o meu padrasto e os meus irmãos. Fiquei uma hora e meia numa cadeira ao sol a ler um livro. Soube mesmo bem. É incrivelmente chocante o ar de desaprovação com que os adultos nos olham só por termos 16 anos e estarmos com os pés apoiados na cadeira da frente – quando havia umas 40 cadeiras vazias.
Ontem a minha ex demonstrou que ainda está interessada em mim. Desculpa desapontar-te babe, mas neste momento não quero gostar de ninguém. Quero apenas concentrar-me na escola, nos meus amigos e nas minhas cenas. Não quero mais preocupações.

Tenho aqui uma imagem que queria por no blog já há algum tempo e tenho-me esquecido. Dedico a todas as pessoas que pensam que os adolescentes não sabem o que é o amor:



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012


Ba bling ba bling

Tive um fim-de-semana bem passado. O primeiro fim-de-semana em que não estudei nada, porque os testes já acabaram. É um alívio enorme saber que os testes já acabaram. Quando – sexta-feira – fiz o meu último teste senti uma genuína sensação de libertação, que acho que toda a gente sente quando um ciclo chega ao fim. Acho que se tivesse sido condenado a 30 anos de prisão, a sensação de liberdade que teria ao sair, seria igual à que tive quando saí do último teste. Portanto agora vou ter tempo para fazer as minhas cenas, sem trazer as aulas para casa – pelo menos até começar a segunda fase de testes, ou os exames nacionais. Acho que nunca houve um ano que tivesse odiado tanto como este. Sinto-me horrivelmente deprimido quando acordo e sei que tenho que ir para a escola. Só quero acabar este ano lectivo, e o próximo. A partir de Junho do próximo ano, a escola vai ser só uma recordação passada. Uma imagem desfocada, e nada essencial para aquilo que vai ser o resto da minha vida. Estou tão farto desta merda toda, quero fazer coisas interessantes… Com alguém. O primeiro passo é encontrar qualquer coisa de interessante para fazer, o segundo encontrar alguém que partilhe do mesmo interesse e que tenha disponibilidade para me aturar várias horas por semana. Estou a pensar em comprar uma câmara de filmar e começar a fazer vídeos random, e publicá-los no blog. A ideia atrai-me e sempre é um modo de publicar, e de ter opiniões sobre essa publicação. No fundo penso que será um pequeno salto para o mundo do jornalismo – um pequeno salto mil vezes maior do que toda a shit que tive que aturar nas aulas em 11 anos e meio. Portanto fiquem à espera de vídeos meus. Assim que arranjar os 300 euros que preciso para a câmara lol. 


No domingo fui ao cinema com o amigo, o Wú. Foi uma tarde brutal, porque vi dois filmes brutais e tinha boa companhia, e não paguei pelo segundo filme. Fomos ver o Chronicle – devo acrescentar que o filme é pura e simplesmente brutal, obviamente feito para um público jovem mas ao mesmo tempo ideal para todas as idades – às 16h00. O filme acabou às 17h30, e ficamos meia hora dentro do cinema à espera das 18h00. Quando essa hora chegou misturámo-nos com a multidão que ia ver o mesmo filme – Millenium, god I love you  - e entrámos despercebidos. Pediram-nos os bilhetes umas duas vezes, e tivemos que trocar de lugar o mesmo número de vezes, porque os lugares que tínhamos escolhido estavam ocupados por outras pessoa. Acho que os revisores nos toparam, às tantas já nem nos pediam bilhete e diziam “sentem-se ali ao canto”. Foi um bocado embaraçoso, mas o facto é que resultou e vimos o Millenium à borla. Por volta dessas 21h00 eu e o Wú despedimo-nos no metro, pois íamos para sentidos opostos. Quando cheguei à paragem do metro mais próxima da minha casa liguei à minha mãe para me vir buscar, mas quem apareceu foi o meu padrasto. Foi awkward moment, porque na noite anterior tínhamos tido uma discussão, daquelas mesmo, mesmo más. Ele queria que a minha mãe desistisse do mestrado de neurologia porque acha que ele se importa mais com isso do que com os filhos. Quando ao mau ambiente constante cá em casa, acha que a culpa é minha e da minha mãe. Minha porque, aparentemente, sou um mal educado sem respeito por nada, e da minha mãe porque permite que eu tenha estas atitudes lol. Para ele, dizer que vai rasgar as gargantas dos filhos só por eles estarem a tossir é perfeitamente normal, como podem ver é uma pessoa extremamente saudável a nível mental.


Este rapaz é a personagem principal do filme. Nesta imagem ele está a esmagar o carro com a mente, e com a mão. Acho esta imagem mais assustadora do que muitos filmes de terror, no filme consegue-se mesmo ver os olhos psicopatas do Andrew. Bem vejam o filme, vão curtir.
Mais cenas, amanhã é o dia dos namorados, e tenho dentista eheh. Tenho consulta marcada com a Dr. Tatiana, 26 anos, morena, e muito, muito simpática. É triste pensar na dentista no dia dos namorados, mas pronto, pelo menos posso dizer a mim mesmo que não estou sozinho. Ela muito provavelmente tem namorado e está-se bem a cagar para mim, mas sempre posso sonhar, right?
Outra cena, amanhã a associação de estudantes da minha escola vai vender rosas e entregá-las durante as aulas às pessoas de quem gostamos. Como devem calcular não vou nem comprar, nem receber nenhuma. E se receber de certeza que é para gozarem. É muito giro brincar e tal, mas com os sentimentos das pessoas não se devia fazer isso, pode magoar muito muito.
Hoje recebi o teste de filosofia e tal, e parece que o estudo valeu a pena. Tive 17. É triste que só agora começo a pensar na média para entrar em jornalismo… Mas nunca é tarde. Pelo menos ainda não é tarde.
Bem, vou ver Death note meus caros, fiquem bem.

Hugs and kisses

*Ba bling ba bling*


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012


É mais um daqueles dias em que me arrependo de sair da cama, infelizmente já são muitos. São mais do que o limite saudável permite. Parece então que, oficialmente, sou doente. Estou farto de acordar e saber o que vai acontecer, saber que vou ter que levar com merdas, saber que vou ter que me matar a estudar.
Os intervalos tornaram-se diferentes. O meu “melhor amigo” já nem espera por mim, não me pergunta para onde vou, e quando calha sairmos da sala ao mesmo tempo, ele apressa o passo, para não ficar sozinho comigo, e junta-se aos outros. Mas ele nunca me compreendeu, sempre concordei com o que ele dizia – apesar de não concordar com muitas delas – para não arranjar discussões. Discussões que ele fazia sempre questão de ganhar. Encontrei um amigo, um velho amigo e aliado, que me compreende. Prefiro passar tempo com ele do que com os outros, sem dúvida alguma. Entre nós não há “não à vontade” e podemos ser nós próprios. Thanks dude.
Hoje na primeira aula, dei 7 lenços. Não estou a brincar. Parece que sou o pai do ranho. Até o meu último lenço dei. Porque? Porque não sou capaz de recusar quando me pedem uma cena, por mais que tente ser mau, não consigo ser má onda. Já me habituei que, quando chamam por mim, é para me pedirem qualquer coisa, pelo que quando chamam por mim, mentalmente pergunto-me “queres lenços, tesoura ou fita-cola?”.
Sinto que nada mudou com o blog, pelo contrário, cada vez ando mais depressivo e sem vontade de viver. Não consigo encontrar um bom motivo em nada. Mas não creio que isto tenha a haver com o blog, ele simplesmente me dá mais margem de desabafo, pelo que é normal “explodir” mais vezes. Vou passar a tarde inteira a estudar para o teste de amanhã e não me sinto minimamente preparado. Sei que há colegas meus que vão ler a matéria à pressa antes de se irem deitar e vão ter melhor nota que eu – fiz resumos, sublinhei, perdi horas naquilo. Cada vez sinto mais que o mundo me está a excluir. Sinto a vida a passar por mim, enquanto fico parado, sem saber para onde ir.


Hoje, fiz uma coisa extremamente cobarde. Para não levar com as bocas de uma certa pessoa na aula, decidi baldar-me. Sim, não faz sentido que eu deixe essa pessoa controlar a minha vida, eu sei. Nunca deixes que ninguém influencie as tuas escolhas. Mas estou tão farto que, mais uma palavra daquela boca, fazia qualquer coisa de grave. Ou desatava a chorar no meio da sala. As pessoas não percebem que há um limite? Uma pessoa aguenta muita merda, mas chega a um ponto em que não dá mais. Umas aguentam mais que outras. Sei que o que fiz foi errado, mas não me arrependo. Nunca me arrependo do que faço.

Mas bem, quando estava a vir para casa, parei num centro comercial e entrei numa livraria. Fui logo até a secção do Stieg Larsson e encontrei um novo volume que me fez saltar a tampa, por pouco não ia começar aos gritos ali no meio. Passei meia hora a analisar o livro. Chama-se “Os Segredos da Rapariga Tatuada”, em que basicamente, é passada toda a Trilogia Millenium a raio X. Questões pertinentes do tipo “Porque é que o Stieg morreu assim que entregou os livros às editoras suecas? Se estivesse vivo, seria agora portador de uma grande fortuna” ou “Porque é que nos sentimos tão atraídos pela heroína da trilogia, Lisbeth?”. 
Pelo que percebi do livro – vou compra-lo *-* - parece que a Trilogia Millenium foi uma forma que – sem acusar diretamente ninguém – o Stieg arranjou para retratar a realidade. Este livro diz que muitas das cenas retratadas da Trilogia foram baseadas em factos reais. Dan Burstein, o principal autor deste livro, pensa que a morte de Stieg Larsson não foi de ataque cardíaco. É muito estranho morrer-se assim que se acaba de entregar às editoras, uma saga de livros que descreve a realidade tal como ela é. Para mim queriam calá-lo antes que ele falasse demais. O livro refere também que muitas pessoas antes de lerem o livro o achavam desinteressante, pois só fala de sexo e violência. Mas depois de o lerem, mudam completamente de opinião, e dizem ter lido a melhor saga de sempre.
Se não leram, leiam. Se não for por prazer, façam-no para saber algo mais do que se passa no mundo, neste caso a violência às mulheres. Vão descobrir que os livros não são só livros. Há muito mais por descobrir. O querido Stieg não inventou – tenho toda a certeza – nem 20% das situações retratadas nos livros.
A forma dele de denunciar os abusos, causaram-lhe a própria morte.
É preciso ser extremamente corajoso para fazer o que ele fez. 

Qual é o mal de ser diferente? Gostas de me humilhar só porque não sou como tu?
Porque?


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012


I want da Wiiiii 

Hey navegadores.
Estou preocupado com as minhas capacidades. Será que elas têm um limite? Não estou a conseguir estudar para Geografia e tenho teste na próxima quinta. Se tiver negativa vai ser alta merda, porque depois vou ter que estudar o dobro para subir. Mas duvido que tenha positiva. A matéria nem é assim tão difícil, mas a stora… Bem, digamos que não facilita as coisas. Cada vez que me sento à secretária com a intenção de estudar, a minha mente começa a vaguear para outras coisas, e dou por mim a brincar com o lápis em vez de estar a estudar. Estas situações são das que mais me irritam, porque nem estou a estudar nem estou a fazer qualquer coisa de que goste.
Quem me dera poder dizer que o estudo não me assiste, mas infelizmente não é o caso porque sabendo que tenho testes e que devia estar a estudar, não consigo estar tranquilo a fazer outra coisa.
Só me apetece ir para a rua gritar “FUCK SCHOOL, FUCK PEOPLE, FUCK EVERYTHING!” mas obviamente não vou para a rua fazer isso. Mas não tenho dúvidas de que isso me ajudasse. Pelo menos mais leve ia-me por de certeza.

Ando super cansado e passei literalmente o dia todo a dormir. Nas aulas. Quando saí de casa a minha mãe deu-me 30 euros, 18 eram para carregar o passe e 10 eram para almoçar durante esta semana, nos dias em que tenho aulas à tarde. Guess what, fui comprar o passe, estendi a nota de 20 e a mulher só diz “São 27”. Tive mesmo para me ir embora dali, mas acabei por carregar o passe. Mas uma coisa eu juro, não vou voltar a carregar o passe, não vou desperdiçar 30 euros quando posso ir a pé. Não sou rico. Mas pronto, isso deixou-me de mau humor logo de manhã.

A única coisa que me anima minimamente é que amanha o dia até é leve, só tenho aulas de manhã e a última aula é educação física – que sempre dá para descomprimir um bocado. Não me anima saber que vou ter que passar a tarde inteira a estudar. Odeio a época dos testes mais que tudo, é que nem é detestar, eu abomino-a mesmo. Este fim-de-semana marca o fim da era dos testes, e vou celebrá-lo não fazendo nada.
E apetece-me beber. Não fico bêbado à pelo menos 2 meses, e tenho mesmo saudades. É dos únicos momentos em que consigo fugir à realidade – é triste eu sei, mas é a verdade. Vou tentar combinar uma saída para sexta, estou mesmo a precisar. Quero ficar alterado, fazer cenas maradas, gritar e dançar. Mas antes desse dia chegar tenho que passar pelo terror do teste de geografia.






sábado, 4 de fevereiro de 2012


Querida Hayley

Escrevo-te esta carta na esperança de que algum dia a possas ler. Na esperança de que um dia vou ouvir a tua voz e viajar para outro mundo sem ter que fumar. À mais ou menos dois anos comecei a ouvir Paramore. No início não gostei muito, achava demasiado barulhento e confuso, mas assim que passei à frente do barulho e da confusão percebi que tinha encontrado a melhor banda de sempre. O som que eles fazem, é mesmo boa onda, tipo rock alternativo, então esse som mais a tua voz Hayley, pah é perfeito. Quero mesmo ver se o teu sorriso é tão bonito como nas fotos, e se os teus olhos são tão verdes como o azul dos oceanos. E quero muito muito ouvir a tua voz. Acho que se me encontrasse contigo, a conversa basicamente ia ser um monólogo, porque eu não ia conseguir falar. E porque ia achar um desperdício não estares a falar, estando comigo.

Tenho uma lista de coisas que gostava de fazer contigo, se nos pudéssemos encontrar:
  1. Queria que viesses ao meu quarto, eu tocava uma coisa qualquer na guitarra e tu cantavas.
  2. Queria ir contigo ao MacDonnald’s, comer um double cheese, a pingar queijo. Nhaam.
  3. Queria tirar uma foto contigo, ampliá-la para um poster e colá-lo a cobrir uma parede inteira do meu quarto.
  4. Queria que me desses um hug.
  5. Queria fazer um bolo de chocolate com cobertura, e depois comíamos o bolo enquanto ouvíamos Paramore.
  6. Queria que viesses comigo ao cinema, para que pudéssemos dividir um balde – daqueles mesmo grandes – de pipocas.
  7. Queria que viesses comigo a um estúdio de tatuagens para eu fazer a minha primeira.
  8. Queria que viesses comigo às barraquinhas em frente ao Continente para mandar-mos gravar os nossos nomes em duas pulseiras – uma para cada.
  9. Queria que fossemos sair à noite, para o bairro ou para as docas.
  10. Queria ter um jantar à luz das velas e com violinos e com vista para o rio, contigo.
E pronto, esta é a minha ridícula (e extravagante) lista de coisas que queria fazer contigo caso fosse possível encontrarmo-nos. E vai ser. Queria poder contar-te todos os meus problemas, queria saber mais sobre ti, os teus problemas. Apesar de a tua vida parecer perfeita, sei que não é. Queria que me considerasses um amigo, e queria considerar-te uma amiga. *Quero o teu número!* Conhecer-te é um dos meus maiores sonhos, mas infelizmente tenho noção que isso só seria possível se eu fosse o filho mimado de um multimilionário qualquer. Ou se fosse escolhido entre os cerca de 100 mil fãs que tens por concerto, para subir ao palco e conhecer-te. Só um dia contigo, dava tudo para passar um dia contigo. E no fim do dia tenho a certeza que ia pensar “Já?! Mas só passaram 5 minutos!”, porque tudo o que é bom dura pouco, como já se sabe – conhecimento geral guys.
Espero que um dia os nossos caminhos se cruzem querida Hayley. Apesar de não te conhecer e de seres famosa, tenho a certeza que és uma pessoa brutal, e super interessante – nada superficial como muita gente famosa deve ser. Não há muito mais que possa dizer nesta carta que nunca vai ser enviada. Pode ser que aconteça um milagre e alguém que leia o meu blog passe o link a alguém que conheça alguém, que conhece alguém, que conhece um amigo que conhece um vizinho de uma pessoa que conhece a Hayley, e ela acabe por ler esta carta. Se isso acontecer Hayley, é uma honra para mim leres isto, se isso acontecer, significa que o meu sonho se tornou realidade, e consegui fazer com que passasses pelo menos 5 minutos a pensar em mim. Fica bem querida Hayley, talvez os nossos caminhos se cruzem um dia.
Vou fazer por isso.

Atenciosamente, Salander.


My whole world stops when you sing

"The truth is hiding in your eyes
And it’s hanging on your tongue
Just boiling in my blood"

Hayley Williams 



P.S. Escrevi esta carta devido à dica de uma amiga minha, e se a postei foi graças ao incentivo dela. Um grande obrigado e uma salva de palmas para a... M Moon!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012


Why am I so emo?

Sinto-me extremamente sozinho. Em parte a culpa é minha, porque sempre afastei as pessoas. Sempre tive uma barreira à minha volta que as afasta; afasta-as de tal forma que quando a turma dispersa, acabo sozinho. Quando escolhem equipas em educação física sou sempre o último a ser escolhido. Mas o mais cómico é que as pessoas estão sempre a chamar-me, para me pedirem coisas emprestadas, para perguntarem se o meu apelido é Vodka, para me perguntarem porque é que venho vestido à Loft.
Sinto falta do meu melhor amigo do 9º ano. Ele compreendia-me, estávamos sempre na casa um do outro, pensávamos da mesma maneira, tínhamos aulas de guitarra juntos, tínhamos um grupo brutal de amigos, bastava ligar-lhe e dizer que estava mal, e em 20 minutos ele já me estava a apoiar, ou eu a ele. Foi a melhor pessoa que alguma vez esteve na minha vida. Antes de o conhecer não era nada, era só mais um puto solitário rodeado de falsos conhecidos. Assim que eu e o PN ficámos melhores amigos tudo se tornou perfeito. Tinha o melhor amigo do universo, os  melhores amigos e amigas de sempre. Lembro-me de ter ido passar as férias de Verão à casa dele para os lados de Castelo Branco, e de a mãe dele me ter arranjado um quarto para dormir, lembro-me de recusar e perguntar se podia dormir com o PN. Ficávamos na cama a contar histórias de terror um ao outro para ver quem se assustava mais até adormecermos.

Tenho a certeza que se ele ainda estivesse ao meu lado, eu não estaria assim. 


Fuck, we were twins. 

Mas no terceiro período do 9º ano aconteceu “todo o mal” e ele deixou-me. Toda a gente me deixou. Desde então tenho tentado subir, mas nunca consegui recuperar. A rejeição é dos piores sentimentos que se pode experimentar.
No segundo período do 9º ano uma rapariga começou a gostar do PN. E eu apaixonei-me por ela (não, não foi esse o motivo de nos termos separado). O PN ao principio sentia uma atracão por ela, mas uma amiga dela começou a falar com ele por msn e ele acabou por se apaixonar por essa. E eu comecei a falar com a M. E ela começou a gostar de mim.
Lembro-me do primeiro encontro como se fosse ontem… Fomos até ao mini almoçar e depois ficamos abancados no benga a conversar. Quando voltamos para a escola – estávamos a atravessar o pátio principal – ela perguntou-me “posso-te fazer passar uma vergonha?” eu respondi que sim, e ela beijou-me. Foi a minha primeira namorada a sério e aquela de que gostei mais. Ainda hoje não a consigo esquecer. Lembro-me dos intervalos passados no bloco F com ela, só nós os dois, e lembro-me que chegávamos atrasados a todas as aulas. Ela era inteligente e tinha o mesmo gosto musical que eu, compreendia-me, eu considerava-a tipo a minha alma gémea. Era tudo o que eu precisava para ser feliz. *Para quem é apologista da expressão “a felicidade está em ti mesmo” eu respondo “mentira, a felicidade só é verdadeira quando partilhada”* Mas tal como tudo o que é perfeito, durou pouco tempo. Três semanas para ser mais exacto.
Nunca mais encontrei ninguém como ela.


Voltando à história da rejeição, tudo aconteceu porque eu fiz merda, não vou dizer o que agora. Mas todos me deixaram. O que eu fiz não foi nem de perto justificação para o que eles fizeram. E o PN devia ter ficado lá para mim, para me apoiar. Acho que ele ficou tão confuso que acabou por ficar do lado da maioria. Só sei que isso me estragou por dentro. Desde esse  dia tenho começado com as depressões e com as tendências associais. Nada mais foi o mesmo. Acho que vocês só por lerem o meu blog, me conhecem melhor do que as pessoas com que me dou actualmente. Estupidamente só me sinto “de volta” quando bebo. Depois passa e volta tudo ao mesmo, nada mudou.
Tenho saudades das pessoas que realmente marcaram de alguma forma a minha vida e que foram embora. Pode parecer triste, mas às vezes penso que a única presença constante que tenho na minha vida é a minha mãe. Tenho saudades do PN e da M, e do resto de todos os meus amigos. Ainda hoje o vejo, ele é da minha escola. Nestes dois anos que passaram as únicas palavras que trocámos foram “tão, tudo bem?” – pergunta à qual nenhum de nós respondia.
Tive que seguir em frente, e não tive apoio nenhum, nenhum. A única pessoa que ainda era minha amiga era o meu primo. Fiz 16 anos e contei-lhe um segredo – ao meu primo – e pedi-lhe para não contar a ninguém. Ele contou especificamente à pessoa a quem eu pedi para ele não contar, pelo que levei porrada e ainda me roubaram no fim. Pedi ao meu primo para me ajudar a recuperar as cenas e disse-lhe que o desculpava por ter aberto a boca. Ele respondeu “Não tenho nada a ver com isso. Entende-te com quem te roubou, ou tens medo dele?”. Depois de tudo o que passei esta merda deitou-me completamente abaixo.
Tive que me esforçar para voltar a ter amigos, e mesmo assim o meu actual melhor amigo não passa de um falso conhecido. Quantas pessoas estão comigo? Provavelmente menos de 3.

Só quero voltar a ter um amigo.
Alguém com quem não precise de me armar em forte.
Alguém que não me chame paneleiro por chorar.


I don’t live on Earth. My planet doesn’t have stars.



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012


Johnny Depp
For Reallz?

Johnny Depp, sem dúvida um actor que merece um lugar na elite de melhores actores do mundo. Acho que não existe no mundo nenhum actor tão carismático como o Johnny. A cara dele é daquelas que não se esquece, é única, com traços bem feitos, quase perfeitos. Perfeita e cirurgicamente bem esculpida. A voz dele condiz com o aspecto físico, o que é raro, pelo menos para mim.
O Johnny é conhecido por fazer parceria com o Tim Burton, e devo dizer que a maior parte dos filmes deles é brutal. De todos os que vi, o único que não gostei foi o Alice in Wonderland.
O filme resultante da parceria destes dois génios que eu mais gostei foi sem dúvida o Sweeney Todd, o Terrível barbeio de Fleet Street. É um musical terrorífico. É estranho encontrar-se na lista dos meus filmes preferidos, porque eu nunca fui grande fã de musicais. Sempre achei que as partes de música roubam tempo de história ao filme.
O Tim e o Johnny fazem uma excelente dupla, mesmo o filme Charlie e a Fábrica de Chocolate (apesar de ser mais para crianças) está interessante e bem concebido.

Mas para mim, onde o Johnny usou todo o seu charme, criatividade e sentido de humor foi sem dúvida nos Piratas das Caraíbas. Acho que é a minha saga de filmes preferidos, é simplesmente perfeita. Bem, tirando o último filme, o 4º. Acho que forçaram demasiado o seguimento da saga e coise. Também tiraram dois dos actores principais da saga, o Orlando Bloom e a Keira Knightley, e isso não foi nada positivo. Se não fosse a participação do Johnny, para mim, o filme tinha recebido um 4 (numa escala de 1 a 10).

Bem, quando estou no facebook uma das coisas que mais vejo é miúdas, tipo 14, 15, 16 anos, a meterem fotos do Johnny Depp nos murais delas com descrições do tipo “és perfeito”, “és lindo, ai matas-me! <3”. Tipo tudo isso é muito giro, e se se ficassem só pela descrição ainda se compreendiam, agora comentarem que querem casar com ele e cenas assim… Meninas, ele é lindo, é uma verdade. Mas tem idade para ser vosso pai. E façam uma lista de todas as celebridades que conhecem, quantas delas são bem parecidas? Quase todas. Com isto quero dizer que tipo não podem julgar as pessoas só pela aparência. Alguma de vocês conhece o Johnny? Eu não sei quanto a vocês, mas eu não era capaz de me casar com uma pessoa que só vi por filmes ou fotos. E se Johnny for má pessoa? E se for uma pessoa tão boa que vocês pensam que ele é bom demais para vocês? Meninas, deixem o Depp para a Angelina (ai Angelina… Marry me?).


Wino forever wii.

"I don't pretend be captain weird. I just do what I do." Johnny Depp

I'm gonna marry this guy.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Depressive SWAG


Quem me dera ter alguma orientação. Receber uma lista com coisas para fazer, com um quadradinho em branco – que ia preenchendo com uma cruz à medida que realizava as tarefas. Pelo menos desta maneira não andaria perdido. Tinha um objectivo.
Isto é metade de mim a pensar.
A outra metade não quer cumprir os objectivos dos outros, mas sim criar os seus e lutar por eles. Mas para isso era necessário ter algum objetivo.
Por exemplo a escola. Metade da minha turma está-se completamente a cagar para aquilo, e no entanto dão-se ao trabalho de ir às aulas – coisa que não percebo e coisa que questiono constantemente.
Mas eu não me tou a cagar. Eu odeio as aulas, ya, mas quero muito ir para a universidade, arranjar o meu canto, e fazer algo de útil da vida. Não sei o que quero seguir, mas podia usar a universidade e o meu canto como motivações para me esforçar mais na escola. Infelizmente – e estupidamente – quando estou a marrar a minha motivação não é a universidade nem o meu próprio canto, mas sim para agradar à minha mãe na esperança que ela me aumente ligeiramente a mesada. É ridículo, mas pronto.
Só muito recentemente percebi que gosto bastante de jornalismo, e quando estava a estudar para o último teste pensei “quero ir para jornalismo, quero escrever para as pessoas, saber quem eram esses otários dos sans-culottes não me vai ser útil em nada, mas é preciso”. O teste correu-me bem até, e espero no mínimo um 15. O estudo rendeu muito mais do que quando a minha motivação era a minha mãe aumentar-me a mesada.
Agora a guitarra. Sempre quis que a guitarra fosse a minha paixão, mas acabei por forçar tanto esse querer que acabei por perder metade do interesse que tinha por ela. O meu objectivo era poder tocar para mim, quando estou sozinho, e tirar prazer nesse tocar solitário. Era poder tocar para os meus amigos entre risos, e boa onda. Nunca foi tocar num grande palco para ser seguido por milhares de pessoas.
Cheguei a um ponto tal que agora toco para não desiludir as pessoas. Toco para não desiludir a minha mãe que investe nas minhas aulas de guitarra à 3 anos. Toco para não desiludir o Marco – o meu professor e amigo -, que me ensina pacientemente à 2 anos (o primeiro ano não foi com ele). E toco para não desiludir a banda organizada pela escola em que me meteram. Eles querem ganhar as audições e precisam de mim.
Cheguei à conclusão que não faço nada por mim, é triste eu sei. A única coisa que eu sinto que faço mesmo por mim é quando escrevo para o blog. 


É anormal eu sentir-me bem sozinho? É anti-social? É triste?
 Estas coisas são consideradas más pela sociedade, mas eu não posso considerar que coisas que definem o meu bem estar solitário sejam consideradas más. Pura e simplesmente coisas más não podem definir uma coisa boa.
Por isso é que acho estranho quando me sinto realmente bem na presença de alguém. Pode ser alguém que conheço à anos, pode ser alguém que acabei de conhecer. I’m weirdo, and I like it – sometimes. Há pessoas que podem tornar a tua vida num autentico inferno só por não gostarem da tua maneira de ser, e fazerem questão que toda a gente saiba disso.
Uma gaja da minha turma não gosta de mim e faz questão de dizer – num momento de silêncio – em voz alta, numa aula “eu não gosto dele, ele é estranho”. Senti um ódio imenso. Só me apetecia gritar com ela, atirar-lhe a cabeça contra a parede e perguntar-lhe se humilhar as pessoas tornava a vida dela melhor. Depois de me acalmar percebo que não vale a pena. Não lhe vou dar o prazer de ter a minha atenção. Tipo o que eu quero dizer, expressar, é que não me interessa se me acham estranho, se acham digam-me na cara, não é em frente a uma data de pessoas. Se me acham estranho não falem comigo, se me desprezam tanto quanto fazem crer às pessoas, porque é que perdem tempo a falar mal de mim?
Tipo estas merdas revoltam-me mas não há nada a fazer. É cagar e andar.

Outra coisa que me define é o facto de por vezes não saber o que dizer. Penso tanto naquilo que quero dizer que acabo por não dizer nada. Engasgo-me com as palavras ou gaguejo imenso. Isso não significa que não tenha nada para dizer, significa apenas que gosto tanto de ti que tenho medo de dizer qualquer coisa errada.
                                                                                                                                                                                           

Hoje fiquei outra vez doente. Acordei super maldisposto e com febre. Portanto estou sozinho em casa enquanto todos os meus colegas se divertem na escola. Quando dizemos a alguém que estamos doentes esperamos uma resposta do tipo “que aconteceu? Estás bem?”, mas quando mandei mensagem a um amigo a dizer que estava doente ele respondeu “puto, és tu que tens a chave do cacifo, onde é que eu deixo a mala na hora de almoço? -.-“.
Se isto me tivesse acontecido à uns tempos atrás provavelmente teria começado a deprimir bué, mas honestamente, hoje não me senti mal. Acho que se tornou o tipo de coisa a que estou habituado lol. A parte boa de estar doente é que não tenho que ir à escola. Ultimamente quando acordo e penso que tenho que ir para a escola dá-me uma imensa vontade de voltar para debaixo dos lençóis e esquecer tudo. Todos os dias ir para escola é um sacrifício. Não devia ser assim... Perguntei a uma amiga minha se ela sentia o mesmo e ela disse que acordava sempre feliz por ir para a escola. What kind of human are you?
A maior parte das pessoas que acorda feliz para ir para a escola é por causa dos amigos e não por causa das aulas. Guess what, quando penso nas aulas que vou ter que aturar vou-me abaixo. Quando penso nas pessoas que vou ver na escola e que me vão olhar de lado e chamar-me estranho quando passar por elas, começo a chorar. Sinto que ao escrever isto estou a ser extremamente egoísta. Não faço senão lamentar-me da vida. O mundo não gira à minha volta.

Tenho o hábito de ficar doente nos dias em que acontece sempre alguma coisa de interessante na escola. Quando vou, o dia todo é um tédio imenso quase impossível de suportar, mas é incrível a quantidade de mensagens que recebo nos dias em que não vou a dizer que nesse dia devia ter ido. Provavelmente também já vos aconteceu o mesmo.





(every fucking single day)

Confesso que tenho imensas saudades do campo. Pode parecer estranho dito por um rapaz de 16 anos, quando a maior parte do pessoal da minha idade prefere sem dúvida a cidade, onde toda a acção decorre (Itálico). Mas como já como já ouvi dizer “as melhores coisas da vida são grátis”. Nada pode comprar o sossego do campo, nem o cheiro do orvalho e a brisa matinal quando acordam, especialmente se juntarem a isso o canto dos pássaros, e a neblina que não vos deixa ver mais do que 5 metros para a frente, e que se vai dissipando ao longo da manhã. Nada pode comprar o canto das cigarras à noite, nem a vista para um céu iluminado de estrelas que são completamente invisíveis na cidade.
Sinto falta das árvores e das folhas.



domingo, 29 de janeiro de 2012

Boring Sunday



Sexta-feira fui convidado para uma festa. 
Durante a tarde desse dia aconteceram umas cenas que me puseram mesmo mal, enfiei-me no quarto com o meu canivete, comprado numa feira medieval em Santa Maria da Feira. Não o cheguei a usar, claro.
Liguei ao meu friend a dizer que não estava com espírito para festas e que não ia. Ele começou a tripar imenso comigo, e lá me conseguiu convencer a ir. Quando cheguei a casa dele ainda não tinha chegado ninguém, passados uns 20 minutos chegou o primeiro casal. Jantámos e fomos para a garagem dele. Pouco depois chegou o segundo casal. Depois voltamos a subir, e chegou o terceiro casal.
Resumindo, passei a noite quase toda rodeado de casais aos melos enquanto eu segurava a vela. Não foi assim muito mau, mas foi chato, senti-me um bocado lonely lol.
Adormeci no chão com um cobertor por cima e o meu casaco a fazer de almofada por volta das 5 da manhã.
Acordei às 8h00 e bazei logo. Quando se foi despedir de mim à porta disse que a festa continuava à noite. Poker face and get out.
A primeira coisa que fiz quando cheguei a casa foi mandar mensagem a uma amiga, a resposta chegou 3 horas depois.
Como eu sonhei que a noite seria:



Estou na típica situação em que me deixei apaixonar pela minha melhor amiga – tendo ela namorado. É doloroso imagina-la aos beijos ou abraçada a ele. É doloroso ver nos contactos dela “namorado :$”.
Digo isto aqui porque alguém pode estar na mesma situação e eu quero passar a mensagem de que não estás sozinho.
Apesar de ser horrível, aguentar é a minha única hipótese. Não a quero por na posição “ou acabas com ele ou desapareço da tua vida”, por isso vou fingir que está tudo bem e continuar o mesmo de sempre. O namorado dela obviamente é super popular, sai todos os fins de semana e tem bué fotos com a tropa dele no FB. Não o estou a criticar, só a constatar factos. Quando soube que eles tinham voltado, pensei em desaparecer da vida dela, para não sofrer. Pensei até em tornar-me num otário insuportável para ela me expulsar, mas não fui capaz. Gosto demasiado de a ter comigo, e tomei a decisão de ser o melhor amigo possível para ela. Vou deixar de atrofiar, e não vou tentar esquece-la. Tentar esquece-la ia magoar-me mais do que se o tentasse fazer.
Eu desiludi-a, mas vou fazer tudo por tudo para remediar isso. Ela é das pessoas mais compreensivas, fofinhas, divertidas e, acima de tudo, leais que já conheci. E conheci muito poucas assim.

Não te vou obrigar a escolher, porque te amo.




Quando fui ver os meus mails hoje de manhã, reparei que tinha recebido um da Ordem dos Bardos a anunciar um encontro em Sintra dia 28 de Janeiro, ou seja, ontem. O encontro foi uma festividade céltica dedicada a Brighid, a Deusa dos Curadores.
Obviamente fiquei sad por ter visto o mail demasiado e por não ter podido ir. À hora do encontro – 17h00 – estava eu no meu sétimo sono.
O próximo encontro não vou falhar, por nada mesmo. Entretanto, no mesmo mail vinha a notícia de que o Philip Carr-Gomm, o chefe internacional da Ordem dos Bardos, Ovates e Druidas, vem cá a Portugal em Abril para duas palestras. Uma sobre O Druidismo Como Caminho Espiritual, outra sobre O Druidismo e o Oráculo Animal Dos Druidas. Vou adorar a do oráculo animal, sem dúvida. Já estive com ele, em Yorkshire, mas era tão puto que não tinha nada de interessante para lhe perguntar. Agora estou a trasbordar de perguntas.


A coisa que eu mais quero neste momento é estar bem. Parece impossível porque todos os dias sem excepção acontece uma merda qualquer com que tenho de lidar. Sei que toda a gente tem os seus problemas, e o meu problema é que me foco demasiado nos meus, e dou-lhes a atenção que eles não merecem e que devia dar a outras coisas.
Até ficava a escrever mais um bocado, mas a minha mãe tá a chamar-me e não quero dar-lhe mais pretextos para começar uma discussão.

Anyway, uma música que me deixa sempre bem disposto é a Just Tonight, dos The Pretty Reckless, oiçam.


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Hey!
Devem achar-me um blogger horrível. Todo entusiasmado nos primeiros dias, com um post enorme e todo produzido por dia, e agora parece que deixei morrer isto. Tenho mesmo chegado a casa, estudado, algum tempo para relaxar e é tudo, depois vou logo dormir.
Hoje fiz um teste - para o qual estudei a semana inteira -, e correu-me bem. A maior pergunta, a de desenvolvimento era a última e como já estava na hora de entregar os testes foi feita assim um bocado à pressa. Mas espero ter de 14 para cima. Este teste era mesmo importante porque precisava dele para subir, no período passado só houve um teste nesta disciplina e tive mesmo má nota, por isso agora tive que dar tudo por tudo.
Todos os dias me lamento por não escrever no blog, mas pronto. E nas próximas duas semanas vai ser assim, porque vão ser só testes. Depois sim, vou poder dedicar todo o meu tempo à escrita e à divulgação dos meus interesses.
Além de que se tiver notas razoáveis a minha mãe me deixa "em paz", e dá-me mais liberdade e isso. Não sei se têm passado por aqui todos os dias, mas se passaram, consigo compreender o vosso desapontamento por não haver nada de novo. Mais uma vez peço desculpa.




Já vi o filme Millenium - Os Homens Que Odeiam As Mulheres - versão americana - no cimena, e confesso que fiquei agradavelmente surpreendido. Aliás, bastante mesmo. O filme está brutal, tem todos os componentes que um filme deve ter para ser considerado excelente. A personagem que faz de Lisbeth foi mesmo bem escolhida. Para quem não acha Millenium interessante, sublinho que o Daniel Craig (o atual 007) é quem interpreta a persoangem de Mikael. O filme tem bons actores, um bom realizador, pah tudo excelente mesmo. É um filme de 3 horas, mas quando saírem da sala vai parecer que passou só uma. 
Para mim foi sem dúvida o melhor filme do ano - apesar de ainda estarmos em janeiro. Podem ver nesta imagem como a personagem está esplendidamente bem caracterizada.


(Desculpa Sara, sei que esta imagem tem direitos de autor mas não consegui resistir)

Tenho andado viciado numa banda de rock cristão chamada Skillet, e fiquei completamente apanhado por 3 músicas deles. Já têm uns anos, mas para mim a música, quando mais idade tiver, melhor. São a Comatose, a The Last Night e a Wishpers in The Dark. São completamente babosas. Fechar os olhos e ficar a ouvir com os fones no máximo mesmo só a sentir a música, dá-me uma sensação incrível mesmo. Recomendo-vos a banda. Não é de todo a minha banda preferida, nem estas são as minhas músicas preferidas, mas pronto, comecei a ouvir e não consigo largar.

Tenho continuado com os meus hábitos de emo, mas estou a melhorar. Ando a fazer um esforço para me relacionar melhor com as pessoas, e tem dado resultado. Não forço a amizade, porque isso só dá merda, mas ando mais aberto e receptivo. É bom saber que não se está sozinho. 
 Um dos momentos de que mais gosto no meu dia - por mais estranho que possa parecer - é o caminho de casa para a escola. Assim que passo a porta da rua do meu prédio sinto o frio abater-se sobre mim e vou aquecendo. Meto os fomes e vou a andar, com ar fresco da manhã a queimar-me a garganta, a ouvir música mesmo numa de tranquilo. Sabe mesmo bem. Até me sinto mais preparado para as aulas e mais relaxado quando chego à escola. Ando a chegar mais tarde também, dantes ia sempre por volta dessas 7h50, e agora chego mesmo em cima da hora, às 8h25.
  Vou continuar a estudar, a socializar e a viver. Vou tentar começar o dia com um sorriso e com expectativas positivas de que algo de bom vai acontecer. 

Uma das pessoas que me tem ajudado imenso e a quem eu quero agradecer por aqui é a Seppuku. Ela faz-me sorrir quando tenho vontade de chorar, e dá-me a esperança de que ainda há pessoas interessantes e nada superficiais neste mundo. Permite-me desabafar, ajuda-me na minha depressão diária.  Foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos tempos. Houve tempos em que eu próprio quis adoptar a alcunha Seppuku, mas não o fiz porque não sou uma pessoa tão corajosa, nem de longe como ela.


"They say the limit is the sky, but when I think about you I flew twice that high"

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Peço imensa desculpa por não publicar nada há dias. Mas simplesmente não me ocorre nada, e honestamente ando sem tempo nenhum.
Eu não vou deixar o blog morrer, e sinto mesmo a falta de passar uma boa hora a preparar um post decente. Mas não tenho mesmo tempo. Testes, aulas, ginásio, amigos. Principalmente os testes. Quero mesmo ter notas decentes, razoáveis no mínimo.
Quinta-feira vai ser o único dia que vou ter um bocado para me dedicar ao blog.
Só peço para não deixarem de vir cá.

"Ou és o que fazes ou então não esperes valor pelo que tens".

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012


A realidade dói mamã? 
Sim, muito.

Já à um dia ou dois que não escrevo aqui. Não tinha nada para dizer, e sou apologista da expressão “poucos mas bons”.
Prefiro às vezes não escrever do que escrever alguma porcaria só mesmo por escrever.

Boa tarde meus amigos, está aí a chegar o momento pelo qual todos aguardamos a semana inteira. O fim-de-semana. Sei que hoje vão ficar acordados até mais tarde e que amanhã vão acordar ao meio-dia. Pelo menos é o que me vai acontecer.
Isto de estar doente estraga-me os planos todos, não gosto de estar com amigos e constantemente a assoar-me. De minuto a minuto, e não estou a exagerar.
Mas pronto. É sexta-feira e estou razoavelmente feliz.



Hoje na primeira aula vimos um filme extremamente chocante. Chamava-se Bordertown. É sobre uma jornalista que vai ao México fazer uma reportagem sobre raparigas desaparecidas misteriosamente. Oficialmente disseram-lhe que havia 300 e tal mulheres assassinadas e 7000 desaparecidas. Ela descobriu que não tinham sido 300 e tal as mulheres assassinadas, mas sim 5000.
Chocante não é? Não muito se pensarem nisto como filme. Mas imensamente chocante se tiverem em conta que é um filme verídico. É assim no México, obrigam as raparigas a irem trabalhar para fábricas para pagarem as terras. Não lhes dão protecção no caminho fábrica-casa, e é neste percurso que muitas delas são violentamente assassinadas ou sexualmente molestadas. Quem são os assassinos? Maioritariamente homens ricos que subornam as autoridades mexicanas. É uma realidade nojenta.
Esses homens ricos subornaram o editor da Lauren (a jornalista) para não publicarem a história dela.
Nada mudou.

“No México, 33% das mulheres com mais de 15 anos sofrem de abuso sexual e violência. Esta violência é responsável por 40% dos suicídios das mulheres mexicanas. Nos últimos anos, 400 mulheres foram encontradas mortas – depois de violadas, estranguladas e mutiladas – na cidade Juárez. As autoridades pouco se esforçam por resolver estes crimes.”
Este excerto foi tirado de um site oficial de uma organização de Direitos Humanos e de Saúde Pública.
Chocante não é? E porque é que a polícia mostra tão pouco empenho a resolver estes crimes? Provavelmente porque lhes ameaçam as famílias ou porque os subornam. O mundo em que vivemos é uma merda, a única hipótese que temos é tentar não nos afogar-mos nela.

Aposto também que 400 é apenas uma pequena percentagem do número de mulheres que realmente foram assassinadas em Juárez. E isto apenas numa cidade. Imaginem pelo resto do México. Acho que é na a protecção destas mulheres (muitas delas só com 16 anos) que o estado devia investir dinheiro. Acho que as pessoas deviam ter a vida humana em maior conta. Imaginem se Lisboa fosse uma cidade como Juárez, em que por dia, uma jovem de 16 anos desaparecia e era encontrada dias depois no deserto enterrada, estrangulada e mutilada.
Felizmente Lisboa não é uma cidade como Juárez. Hey, guess what, o México não é assim tão longe, é só atravessar o Oceano.

Quem me dera poder fazer algo mais por estas mulheres do que simplesmente postar isto aqui, mas cada um faz o que pode. Muitas destas mulheres podiam ser salvas se houvesse um jornalista que descobrisse tudo, e  publicasse a história – onde denuncia as grades fábricas, e a violência a que sujeitam estas mulheres. Onde denunciam os políticos e os ricos, que as violam. E os condutores dos autocarros da fábrica, que as levam para o deserto de onde já não voltam a sair -, num país que tivesse economia e humanidade para poder fazer alguma coisa em relação a elas.

Juárez, a cidade que odeia as mulheres (uma entre muitas).