A triologia da qual vos falo com tanto afecto foi-me sugerida a mim há mais de um ano, e só há cerca de duas semanas é que comecei a levar a sugestão a sério. Passados 5 dias perguntei-me porque é levei tanto tempo a começar. Não tem feiticeiros nem dramas de amor não correspondido, basicamente expõe – através de uma personagem fictícia – as coisas horríveis que a sociedade e o governo estão dispostas a fazer, a troco de nada, simplesmente por aquilo que acham ser o mais correcto.
Mostra como uma pessoa considerada interdita à sociedade, passou dois anos acorrentada a uma cama numa clínica psiquiátrica na Suécia (e só saiu sendo considerada uma doente mental) por ter tentado defender a mãe do pai, enquanto este a espancava tão violentamente que a deixou com danos cerebrais permanentes.
Lisbeth Salander é o nome da heroína da triologia Millenium. A Lisbeth é dotada de talentos invulgares, é uma hacker de elite, e ao contrário do que o seu relatório afirma, ela é tudo menos doente mental.
Não vos vou dar mais pormenores, e cabe-vos a vocês arranjarem a coragem de mergulharem de cabeça nesta bíblia informática que vos vai deixar com um sorriso triste no rosto, assim que lerem a última palavra do último volume.
Inicialmente, a colecção Millenium era para ser composta por 10 volumes, mas o autor (Stieg Larsson – farei mais tarde um post sobre ele), morreu tragicamente após ter entregue os 3 primeiros volumes às editoras suecas. Foi como se tivesse antecipado a sua morte. Infelizmente, o facto é que não viveu para ver a sua obra tornar-se num dos maiores sucessos literários do mundo inteiro. Se fosse vivo (irei investigar a causa da morte) seria multimilionário e teríamos agora uma colecção de 10 volumes, em vez de uma triologia. Mas como se costuma dizer, mais importante que a quantidade é a qualidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário