quarta-feira, 18 de janeiro de 2012


Refresh

Já vos apeteceu recomeçarem em qualquer lado? Imaginem que os vossos pais ganhavam uma oportunidade única de trabalho no estrangeiro, e consequentemente, levar-vos-iam com eles. Encaravam isso como uma oportunidade de recomeçar de novo, ou iam fazer uma birra imensa e usar argumentos do tipo “mas mãe, vou perder todos os meus amigos!”, ou “tudo o que eu tenho está aqui”?
Bem houve alturas da minha vida em que de certeza que tinha feito uma birra e usar o argumento dos amigos. Houve alturas em que tinha ido com eles sem hesitar, alturas em que tinha encarado a mudança como uma bênção. Agora estou lá no meio. Tenho aqui os meus amigos e tudo aquilo que eu tenho. Mas não tenho mesmo nada que me prenda aqui.
Mas ainda sou jovem, é normal não ter nada que me prenda a um sítio, ainda não criei raízes. Acho que o querer recomeçar é poder ir para um sítio onde ninguém me conheça e onde possa ser “o outro eu”. Mas o principal factor para querer ir embora é que isso me vai dar a oportunidade de esquecer todos os problemas. Parece tão fácil, pegamos no carro e batemos auto-estrada até nos apetecer parar. Com a janela aberta e o vento a levar todos os nossos stresses embora.


Mas essa seria a opção mais fácil. É preciso ser muito mais forte para continuar no mesmo sítio de sempre e continuar a viver. Acordar todos os dias de manhã a pensar “mais um dia a que vou ter que sobreviver”. Eu acho que é esta resistência ao dia a dia – e a maneira como decidimos fazer isso – que vai moldar a pessoa na qual nos vamos transformar.
Mas chega de textos filosóficos. Não sei o que se passa comigo ultimamente e dou por mim sempre a escrever sobre a vida.

Hoje o dia (escolar) passou rápido. Só tive que acordar às 9 porque a professora de avisou que ia faltar. Não percebo porque mas sempre que durmo até mais tarde acordo mais cansado do que nos dias em que acordo cedo. As duas outras aulas passaram-se bem, não foram tão horríveis como de costume e até decidi participar na aula de História. Depois foi a mesma rotina de sempre, apanhar alguém que vá para a paragem de autocarro e ir nessa direcção. Apanhar o yellow e caminhar até casa.
Hoje é daqueles dias em que não me importava de passar a tarde a dormir, mas tenho um programa melhor. Combo de música. 
O meu professor é o Marco Reis dos Klepht, e basicamente é o meu ídolo. Não é rico nem nada disso, mas vive à base da música, vive daquilo que realmente gosta. Vive da guitarra dele. E hoje em dia viver daquilo que se gosta realmente é muito raro. Sabiam que 90% dos contabilistas odeia o trabalho totalmente? 
E pronto, eu vou tocar guitarra no combo (constituído por mais um guitarrista, um baterista, um baixista, um vocalista, e, muito recentemente, por um pianista). A escola Valentim Carvalho organizou audições (como em todos os anos anteriores) e os combos vencedores vão ter como prémio a oportunidade de gravar nos estúdios da editora Valentim de Carvalho, com um engenheiro de som profissional. O mesmo estúdio onde gravaram os Rolling Stones. E vão ter também a oportunidade de actuarem ao vivo na Fnac Colombo. Eu estou mais lá para descomprimir e para aprender mais guitarra, mas não me importava de ganhar o concurso dos combos. 


Não tenho mesmo mais nada a dizer por hoje *life is boring*, espero que renda alguma coisa lerem isto. Vou tentar vir todos os dias como de costume, mas os primeiros testes começam já para a semana e vai ser complicado. Mas não vou deixar o blog morrer, nunca mesmo.

Go on and try to tear me down, I will be rising from the ground, like a skyscraper


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